A Igreja no Brasil celebra, neste domingo, a Solenidade da Ascensão do Senhor, transferida da quinta-feira anterior, dia em que se completou quarenta dias da celebração da Páscoa. Assim, na celebração desta solenidade, o papa Francisco apresentou ao mundo a Bula de convocação para o Jubileu de 2025, que traz como tema “Peregrinos da Esperança”. Com efeito, somos um povo de peregrinos, que caminha nas estradas da história sempre impulsionados pela esperança.
No mais profundo de nosso ser possuímos sede por algo eterno. E somente a esperança que tem Deus por fundamento é capaz de saciar esse anseio. É essa esperança que nos nutre, fazendo-nos perseverantes frente as dificuldades da vida. Assim, nenhum progresso, técnica ou promessa de paraíso terrestre é capaz de a substituir satisfatoriamente, pois sempre teremos a sensação de que falta algo mais. Lembremos, porém, que a esperança se dá no mundo, orienta-se para o futuro sem fugir do presente.
O primeiro lugar de aprendizagem e exercício da esperança é a oração. Aquele que ora jamais se encontra totalmente só, sempre possui alguém que o ouça, o próprio Deus. Através da oração se abre ao Outro e aos outros seus irmãos, pois ela possui poder purificador. Nela falamos a Deus e o escutamos, e “[…] tornamo-nos capazes da grande esperança e ministros da esperança para os outros: a esperança em sentido cristão é sempre esperança também para os outros” (Bento XVI).
Como peregrinos da esperança, a Pastoral da Comunicação de nossa Arquidiocese se dirige pela segunda vez ao Santuário Senhor do Bonfim de Bocaiúva. Celebrando o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais e preparando-nos para o Jubileu 2025, faremos uma pausa oracional para que, ouvindo o Senhor Ressuscitado, razão de nossa esperança, possamos ser seus anunciadores. Em uma realidade em que a frieza e o distanciamento aparentam ter primazia, somos impelidos a apontar para o horizonte da esperança. Assim, com a alegria de caminheiros afirmamos: é possível uma comunicação humana e evangelizadora. Sejamos, nós, testemunhas de que “a esperança não nos decepciona” (Rm 5,5).
Padre George Luís Cardoso Silva
Assessor do Secretariado para a Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros