Na Igreja, no mês de agosto, nos dedicamos a refletir acerca das vocações na vida eclesial. A palavra vocação tem seu significado enquanto “chamado”. Então, o princípio dessa reflexão é questionar-se de onde vem esse chamado. Esse provém do próprio Deus, que infunde em todos os corações uma vocação específica, ou seja, um chamado específico para a vida e a caminhada de fé de todos nós. Se por um lado temos um Deus que chama, por outro há aquele que é chamado e, portanto, expressa com sua vida, com seu assentimento, a resposta ao chamado feito pelo próprio Deus, desde quando fora concebido no ventre de sua mãe.
São João Paulo II nos recordava que existe uma vocação comum a todos os cristãos: a santidade. Um chamado de Deus a viver o mandamento de Jesus em relação à prática do amor, do amar o próximo aos moldes do amor com que Cristo amou. Assim, um chamado muito especial: realizar neste mundo todo amor que Jesus pediu e nos ensinou a viver. Portanto, a vocação é um chamado a amar, um convite do Divino Mestre a dedicar a vida na observância das leis do Senhor, fazendo com que Deus torne-Se conhecido e amado a partir de diversos estados de vida e carismas existentes na Igreja.
Pelo sacramento do Batismo recordamos que todos os batizados fazem parte do mesmo corpo místico de Cristo que é a Igreja, em que Jesus é a cabeça desse corpo e todos nós os membros. Desse modo, há uma variedade de maneiras que podemos atuar na vida eclesial, colaborando para a missão de evangelização, levando a Boa Nova aos povos com as nossas vidas, com o nosso modo de ser.
A vocação parte dos sacramentos da Ordem e do Matrimônio, mas não se delimita apenas aí. Outros carismas e modos de vivência do Evangelho são suscitados em meio às diversas realidades e em cada tempo histórico em que se encontra a Igreja. Ordens e congregações religiosas, comunidades de vida e aliança, grupos, movimentos e pastorais são a expressão da ação do Espírito Santo, que inspira um lugar para que cada batizado possa corresponder generosamente, na Igreja, à sua vocação, contribuindo diretamente com a missão dada por Jesus Cristo.
Por isso, nesse mês que se inicia, somos convidados a rezar por todas as vocações e torná-las conhecidas pelas nossas crianças, jovens e adultos que se encontram no processo de discernimento vocacional, que pedem ao Senhor uma resposta para suas vidas, uma resposta que aponte para o verdadeiro chamado feito por Deus de se doar de algum modo na vida eclesial. Que nossas paróquias sejam celeiros de vocações para a Igreja Arquidiocesana de Montes Claros, para que o nosso seminário, ordens, congregações e comunidades de vida e aliança sejam agraciados com numerosas vocações, afim de que a evangelização neste sertão norte-mineiro continue e aumente sempre mais.
Nossa Senhora, mãe de todas as vocações, rogai por nós!
Equipe Arquidiocese em Missão
Arquidiocese de Montes Claros