
A Diocesaneidade e a sinodalidade foram aspectos apontados, por Dom José Carlos de Souza Campos, como esperanças para o futuro da Arquidiocese de Montes Claros, durante o Encerramento do Ano Pastoral 2024.
O Encerramento do Ano Pastoral da Arquidiocese de Montes Claros marcou o início do caminho rumo ao Jubileu de 2025, que tem como tema “Peregrinos da Esperança”. O encontro reuniu mais de 350 lideranças de toda a Arquidiocese, no último sábado, 23 de novembro, na Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística, em Montes Claros – MG.
O evento iniciou com a celebração da Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Montes Claros, Dom José Carlos. O arcebispo destacou que o Encerramento do Ano Pastoral, assim como a Abertura do Ano Pastoral, são encontros de grande importância para a Arquidiocese, pois é a expressão de toda a Igreja local.
“É preciso que valorize este momento, como momento da nossa Igreja, onde celebramos, onde pensamos o caminho, onde convivemos, onde mostramos quem somos”. Afirmou.
Ao final da Celebração Eucarística foi realizada a entronização da imagem do Senhor do Bonfim, vinda do Santuário Arquidiocesano do Senhor do Bonfim, de Bocaiuva.
A imagem permanecerá, ao longo de todo o Ano Jubilar de 2025, na Catedral Metropolitana de Montes Claros. Réplicas menores da imagem serão entronizadas nas demais igrejas jubilares espalhadas pelo território arquidiocesano.
Clique aqui e confira a Galeria de Fotos da Missa e Entronização da Réplica do Senhor do Bonfim.
Como viver o caminho jubilar 2025 na Igreja de Montes Claros
Após a celebração da Santa Missa, Dom José Carlos fez uma motivação sobre as expectativas para o ano de 2025 na Arquidiocese de Montes Claros e refletiu sobre o caminho percorrido ao longo deste ano. Ao falar do ano de 2024, o arcebispo ressaltou que foi um período muito frutuoso. “Encerramos o que começamos e o Senhor esteve conosco, levou a bom termo o nosso caminho deste ano que está para encerrar. Foi um caminho, de fato, muito frutuoso. Muitas coisas boas, muitos encontros, formações. Muita expressão de proximidade, de convivência. Isto não significa que não tenhamos e precisemos progredir; precisamos. Temos ainda muito a fazer”.
Em sua motivação, Dom José Carlos apontou três pontos de destaque para a caminhada da Arquidiocese no próximo ano: Ano Jubilar, Peregrinos da Esperança e Chamados a conversão.
Sobre o Ano Jubilar, o arcebispo enfatizou que é o ano da graça do Senhor e que não deve ser vivido como um ano qualquer.
Peregrinos da Esperança, que é o tema do ano jubilar, foi o segundo ponto de destaque. Dom José Carlos questionou sobre quais as esperanças que alimentamos para a nossa Igreja.
Uma das esperanças para o Ano Jubilar na Arquidiocese de Montes Claros é crescer no espírito de diocesaneidade, apontou o Arcebispo.
“A esperança de conseguir crescer no espírito de diocesaneidade, isto é, no espírito de Igreja, no senso de pertença. Nós somos uma diocese não só no papel, somos uma diocese porque temos senso de pertença a este pedaço de igreja que está no país”.
Para Dom José Carlos, ainda falta muito o senso de pertença na Arquidiocese. “A falta deste senso de pertença se expressa de várias maneiras, nas ausências, na falta de colaboração, no modo errado de organizar as coisas, na solidariedade que falta em nós em muitos aspectos, na maneira de organizar a nossa vida de igreja, nas nossas agendas paroquiais, forâneas e diocesana”.
Ao destacar o chamado a conversão, o Arcebispo de Montes Claros demonstrou que essa também é uma das suas esperanças. “Eu acredito na conversão. Eu acredito que pode ser diferente ainda, eu acredito ainda que se pode avançar. Precisamos entender que a conversão das relações, dos processos, dos vínculos, elas precisam acontecer gradativamente, mas precisam acontecer”.
“Diocesaneidade e sinodalidade são esperanças para o futuro”. Concluiu Dom José Carlos.
A esperança não decepciona
Depois da motivação de Dom José Carlos, o Encerramento do Ano Pastoral prosseguiu com a formação do Padre Raimundo Donato, Pároco da Paróquia São João Paulo II, em Montes Claros, sobre os fundamentos bíblicos da esperança e a sua compreensão como virtude teologal.
O presbítero assinalou que a esperança é a virtude que nos faz caminhar e que não a adquirimos através do esforço pessoal. “A esperança é uma resposta a uma força externa, que é a graça de Deus”. Afirmou
Clique aqui e baixe a apresentação sobre “A Esperança na Sagrada Escritura”.
As indulgências do Ano Jubilar
O Ano Jubilar como tempo de Esperança e Misericórdia foi o tema da catequese sobre a indulgência apresentada pelo Padre Cleydson Rafael, Coordenador do Secretariado Arquidiocesano para a Liturgia.
O sacerdote explicou o que é indulgência e as condições para lucrá-la, de acordo com o magistério da Igreja.
Ele destacou que a doutrina e prática da indulgência estão intimamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência. Padre Cleydson Rafael também observou que o Ano Jubilar deve ser um tempo para redescoberta dos atos de piedade popular e devoção.
Clique aqui e baixe a apresentação sobre “Indulgência”.
Apresentação do Calendário Jubilar
Além do Jubileu da Esperança, o ano de 2025 na Arquidiocese de Montes Claros será marcado pelo jubileu de 75 anos da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida e os 25 anos de elevação da Diocese de Montes Claros à Arquidiocese.
A apresentação das principais atividades do Calendário Pastoral Arquidiocesano foi feita pelo Padre Pedro Henrique da Cruz, Vigário Episcopal para a Ação Pastoral da Arquidiocese de Montes Claros.
Ainda este ano haverá a Abertura do Jubileu da Esperança na Arquidiocese. O Ano Jubilar terá início no dia 24 de dezembro com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo Papa Francisco. No dia 29 de dezembro todas as dioceses do mundo irão fazer a abertura do jubileu. Na Arquidiocese de Montes Claros a celebração de abertura do Ano Jubilar terá início, às 16h do dia 29 de dezembro, com a peregrinação saindo da Paróquia Santa Rita de Cássia, em Montes Claros, com a imagem do Senhor do Bonfim, até a Catedral Metropolitana, onde o Arcebispo Dom José Carlos abrirá oficialmente o Ano Jubilar na Arquidiocese.
Padre Pedro Henrique também anunciou as igrejas jubilares na Arquidiocese, que ao longo do Ano Santo de 2025, serão lugares de peregrinação. Foram escolhidas sete igrejas em todo o território arquidiocesano: Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em Montes Claros; Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim, em Bocaiuva; Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio, em Salinas; Igreja Matriz da Paróquia São Sebastião, em Capitão Enéas; Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio, em Itacambira; Igreja Matriz da Paróquia Senhora Sant’Ana, em Brasília de Minas e a Igreja Matriz da Paróquia Santíssimo Coração de Jesus, em Coração de Jesus.
As igrejas jubilares serão identificadas com o ícone do Jubileu da Esperança em suas portas, em cada uma será entronizada uma réplica da imagem do Senhor do Bomfim.
Após a apresentação do Calendário Pastoral Arquidiocesano, Dom José Carlos anunciou o decreto de transferências, nomeações e disposições para serem efetivadas durante o mês de janeiro e início de fevereiro de 2025, na Arquidiocese.
O Encerramento do Ano Pastoral foi concluído com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, o momento foi conduzido pelo Padre Fernando Andrade, Pároco da Catedral Metropolitana de Montes Claros.
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Fotos: Laura Tupinambá
Confira abaixo a transmissão do Encerramento do Ano Pastoral 2024: