Correção Fraterna: Uma verdade com Amor.

“Quem é raivoso atiça as brigas; quem é paciente acalma as discussões.” Provérbios 15,18

Uma das grandes dificuldades percebida em pessoas que ocupam posições de liderança é a falta de habilidade em fazer correções que sejam verdadeiramente fraternas. As pessoas normalmente cometem erros por falta de comunicação, por não compreenderem ou mesmo por displicência, e não poucas vezes é legítimo o posicionamento de correção de coordenadores, no entanto em muitas situações dizem a verdade sem amor, em um modo de falar inflexível e na frente de outras pessoas. O modo como uma pessoa é corrigida pode gerar humilhação e até sentimentos de raiva.

É preciso aprender a dar feedback ou retorno às pessoas sobre seus comportamentos indesejáveis e apreciar os comportamentos adequados e atitudes destacáveis. A correção é necessária para ajudar o outro a perceber o seu erro, mudar e crescer, aprendendo com seus erros, seja eles simples ou graves. Em ambas as situações a pessoa deve ser chamada no particular e nunca exposta diante de outras pessoas. Muitas vezes este tipo de atitude é demonstração de poder de quem está à frente, falta de equilíbrio emocional como líder, que o leva a comportar-se com raiva e de modo impaciente. Em algumas situações pode nem ser um erro da pessoa, e sim apenas uma forma de fazer algo diferente, que o coordenador não aceita porque exige que seja do seu jeito. Desta forma o líder acaba expondo a pessoa na frente dos outros numa verdade sem amor. Ao contrário, quando numa relação, a pessoa numa posição de coordenação adota uma postura aberta, madura e sem receio do conflito que ajuda a crescer, todos ganham e o grupo todo cresce.

A sabedoria bíblica nos ensina a fazer a correção com amor. Jesus ensinou seus discípulos que a primeira atitude é chamar seu irmão a parte “vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão.” O que deve mover a atitude de correção é o amor e a intenção de ajudar o outro a crescer. Também não é correto falar ou cair na armadilha de falar “pelas costas”, mas ter uma postura positiva de escolher o momento adequado de chamar a pessoa para expor o ocorrido e através do diálogo ajustar a relação. Eis uma atitude sensata!

Quando se compreende o valor da correção fraterna e esta é praticada, principalmente pelos que devem dar o exemplo, o ambiente fica mais agradável, saudável e mais propício ao desenvolvimento das pessoas num propósito comum. E você, como tem dito sua verdade: com ou sem amor?!

*Gregório Ventura, Master Coach. Eliane Ventura, Psicóloga.

 

Compartilhar

Categorias