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A vida religiosa: realidades, alegrias e os desafios atuais vivenciados no Norte de Minas

A vida religiosa é realidade e presença marcante na Igreja do Norte de Minas desde o início do século passado. Os consagrados e consagradas trouxeram para estas terras, com seus diversos carismas, uma Igreja viva e enriquecida de dons e bênçãos divinas, o que se somou à cultura local.

De modo geral, de acordo com o decreto Perfectae Caritatis, todos aqueles que são chamados por Deus à prática dos conselhos evangélicos e fielmente os professam, consagram-se de modo particular ao Senhor, seguindo Cristo, que remiu e santificou todos os homens pela obediência até a morte de cruz (cf. Fl 2,8). Movidos, assim, pela caridade, que o Espírito Santo derrama nos seus corações (cf. Rm 5,5), mais e mais vivem para Cristo e para o seu corpo, que é a Igreja (cf. Cl 1,24). Quanto mais fervorosamente se unirem a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado (Perfecta Caritatis 1).

Deste modo, a Vida Religiosa Consagrada, em todo seu dinamismo, envolve diversas realidades, alegrias e desafios. Os consagrados e consagradas, em busca de uma adequada realização pessoal, de uma saudável convivência e uma evolução de sua vida espiritual, encontram na comunidade fraterna o espaço adequado para que tudo aconteça. Na comunidade religiosa, a satisfação pessoal e o serviço aos outros se tornam fontes que estimulam a alegria e o desejo constante de adesão e pertença. A fraternidade coloca seus membros sempre mais próximos do carisma original da comunidade em que se vive.

Não existe em uma comunidade sadia a ilusão de que tudo será sempre flores e alegrias permanentes. A comunidade é também, naturalmente, lugar de superação de desafios, de autoconhecimento e de tomada de decisões que levam a desentendimentos e a instabilidades constantes. Ali também, na comunidade, se retoma o equilíbrio e se vive o perdão. Conscientes da escolha que cada um fez, todos religiosos (as) devem viver a renúncia pessoal e se disporem a cumprir as exigências da vida comunitária.

Essa jornada espiritual é única para cada um, com suas próprias experiências e reflexões que enchem de amor e força o caminho, na certeza e na segurança da missão a ser cumprida. Em nossos encontros percebemos o quanto os desafios não conseguem nos parar nem nos desanimar. É um anseio que perpassa a história da vida religiosa em nossa Arquidiocese. O que precisamos hoje é renovar sempre mais o nosso testemunho, para que ele sustente as nossas vocações e continue sendo o referencial para tantos que desejam seguir por este mesmo caminho.

Côn. Carlos Henrique Moreira de Souza, O.Praem.
Representante dos Religiosos
Arquidiocese em Missão

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