Abertura do Ano Jubilar 2025 na Arquidiocese de Montes Claros

No último domingo, 29 de dezembro de 2024, Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, a Arquidiocese de Montes Claros viveu um momento de profunda espiritualidade com a abertura do Ano Jubilar 2025. Este marco, convocado pelo Papa Francisco na Bula Spes non confundit, teve início com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no Natal do Senhor, dia 24 de dezembro. A celebração em Montes Claros estava unida a todas as dioceses do mundo que também iniciaram o Ano Jubilar neste dia.

A celebração teve início às 16h na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, no bairro Santa Rita. Fiéis, clero e religiosos(as) se reuniram para o Rito de Introdução. Durante esse momento, o arcebispo de Montes Claros, Dom José Carlos de Souza Campos, fez a saudação inicial, convidando todos a louvar a Deus e a orar pelo início deste tempo de graça. O evangelho foi proclamado, seguido pela leitura da Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário, destacando a mensagem do Papa Francisco sobre a esperança que transforma vidas.

“«Spes non confundit – a esperança não engana» (Rm 5, 5). Sob o sinal da esperança, o apóstolo Paulo infunde coragem à comunidade cristã de Roma. A esperança é também a mensagem central do próximo Jubileu, que, segundo uma antiga tradição, o Papa proclama de vinte e cinco em vinte e cinco anos. Penso em todos os peregrinos de esperança, que chegarão a Roma para viver o Ano Santo e em quantos, não podendo vir à Cidade dos apóstolos Pedro e Paulo, vão celebrá-lo nas Igrejas particulares. Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, «porta» de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a «nossa esperança» (1 Tm 1, 1). Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem, apesar de não saber o que trará consigo o amanhã. Porém, esta imprevisibilidade do futuro faz surgir sentimentos por vezes contrapostos: desde a confiança ao medo, da serenidade ao desânimo, da certeza à dúvida. Muitas vezes encontramos pessoas desanimadas que olham, com ceticismo e pessimismo, para o futuro como se nada lhes pudesse proporcionar felicidade. Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança!” (Da Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário – Spes non confundit 1)

“Ó Pai, esperança que não decepciona, princípio e fim de todas as coisas, abençoai o início da nossa peregrinação atrás da cruz gloriosa do vosso Filho neste tempo de graça; curai as feridas dos corações dilacerados, soltai as correntes que nos mantêm escravos do pecado e prisioneiros do ódio e concedei ao vosso povo a alegria do Espírito, para que caminhe com renovada esperança em direção à meta desejada, Cristo, vosso Filho e nosso Senhor. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.” (Oração Rito Inicial da Abertura do Jubileu 2025)

Logo após o rito inicial, teve início a peregrinação da Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia em direção à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, no centro de Montes Claros. À frente da procissão, a imagem do Senhor do Bonfim de Bocaiuva, símbolo marcante da fé arquidiocesana, foi conduzida como sinal do Jubileu. A caminhada foi um momento de oração, louvor e comunhão entre os fiéis, expressando a unidade do Povo de Deus em busca da misericórdia divina.

Na chegada à Catedral, a imagem do Senhor do Bonfim foi posicionada na entrada, voltada para o povo, enquanto Dom José Carlos entoava a oração convidou todos à veneração e à reflexão sobre o mistério da salvação.

“Salve, Cruz de Cristo, única esperança.”

“Vós sois a nossa esperança, não seremos confundidos eternamente.”

Ao adentrarem a Catedral, o arcebispo aspergiu água sobre os fiéis, rememorando o Batismo, porta de entrada na vida cristã e na Igreja. Esse gesto reforçou o chamado do Jubileu para uma conversão sincera e um novo encontro com Cristo.

A Missa de abertura do Ano Jubilar foi presidida por Dom José Carlos e concelebrada por todos os presbíteros da Arquidiocese. Diáconos, acólitos e leitores desempenharam seus ministérios, enquanto os fiéis lotavam o interior  e exterior da Catedral para participar deste momento único de fé.

Em sua homilia, Dom José Carlos destacou a importância do Jubileu como um tempo de graça, perdão e esperança, em sintonia com o tema Peregrinos de Esperança. Ele lembrou que o Jubileu não é apenas um marco litúrgico, mas também um chamado à conversão e à vivência do amor misericordioso de Deus.

Ao final da celebração, Dom José Carlos entregou os ícones especiais do Jubileu aos padres das paróquias designadas como Igrejas Jubilares na Arquidiocese. Essas igrejas serão identificadas com o ícone especial em suas portas e receberão a réplica da imagem do Senhor do Bonfim. Essa distinção marca o início de uma vivência única de oração e indulgências, destacando-as como locais de peregrinação dentro da Arquidiocese.

O Jubileu de 2025 é um convite para todos os fiéis se abrirem à misericórdia divina, renovando sua fé e compromisso com o Evangelho. A Arquidiocese de Montes Claros se une ao Papa Francisco e a toda a Igreja para viver este tempo de graça, com muitas atividades pastorais e celebrações programadas ao longo do ano.

Fotos: Laura Tupinambá e Flávio Soares

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