Arcebispo Celebra Missas nos Cemitérios de Montes Claros pelo Dia de Finados

No último fim de semana, a Arquidiocese de Montes Claros realizou uma programação especial para o Dia de Finados em Montes Claros, que se estendeu por três dias, com celebrações nos três cemitérios da cidade. As missas aconteceram na tarde de sexta-feira, no sábado, 2 de novembro, e também no domingo, 3 de novembro, proporcionando aos fiéis uma oportunidade significativa de honrar e rezar por seus entes queridos falecidos.

No sábado, 2 de novembro, o arcebispo de Montes Claros, Dom José Carlos, celebrou duas missas pelo Dia de Féis Defuntos: uma pela manhã no Cemitério Parque dos Montes e outra à tarde no Cemitério Jardim da Esperança. Ambas as celebrações reuniram uma grande multidão de fiéis, que se uniram em oração e reflexão enquanto visitavam os túmulos de seus entes queridos, criando um momento de profunda espiritualidade.

A missa no Cemitério Parque dos Montes foi presidida por Dom José Carlos e organizada pela Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré. A celebração foi concelebrada pelo Pe. Zilmo Jota, pároco da paróquia, e a assistência dos diáconos permanentes Jéson Damasceno Gonçalves e Geraldo Magela Martins de Abreu.

 

À tarde, o arcebispo celebrou a missa no Cemitério Jardim da Esperança, sob a responsabilidade da Catedral Metropolitana de Montes Claros. Essa celebração foi concelebrada pelo Pe. Anderson Aguiar, vigário paroquial da Catedral, e pelo Pe. Pedro Henrique Nunes, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, com a assistência do diácono Leonardo Antônio de Freitas Cabral.

 

Durante a missa no Cemitério Parque dos Montes, Dom José Carlos proferiu uma homilia profunda, afirmou que não devemos nos concentrar apenas na morte, mas na resposta que a fé cristã oferece a esse fenômeno:

” Não estamos aqui para pensar na morte. Ela está próxima. Ela é um fato. Ela é um fenômeno na nossa vida. Estamos aqui para pensar em respostas para a morte. Ai é diferente. Porque nem todos são capazes de pensar em uma resposta. Nem todos querem uma resposta. Nem todos têm uma resposta.” (Dom José Carlos)

Dom José Carlos refletindo sobre a morte e a esperança da ressurreição, enfatizou que a morte é uma realidade inevitável para todos, mas que, em meio à dor da perda, a fé oferece uma resposta que transcende a angústia. Ele ressaltou que o nosso verdadeiro propósito ao nos reunirmos nesses cemitérios é celebrar a fé na ressurreição:

“Nós estamos aqui exatamente para pensar e celebrar a resposta que a nossa fé dá para a morte. Porque, se a morte é óbvia — e é mesmo — a ressurreição não é óbvia. Ela precisa ser acreditada. Eu não preciso acreditar na morte para morrer. Vou morrer mesmo não acreditando nisso”. (Dom José Carlos)

Lembrando o diálogo entre Jesus e Marta sobre a vida eterna e a necessidade de crer na ressurreição, Dom José Carlos garantiu: “para que eu possa tomar posse da ressurreição, eu preciso crer neste evento. E crer Naquele que preside e que dá este evento a quem crer Nele. Jesus diz a Marta, que chora a partida do seu irmão Lázaro: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, mesmo que morra, viverá. E quem vive e crer em mim não morrerá jamais.'”

O arcebispo menciona que a morte não é o fim, mas para nós cristãos, é um remédio que nos retira da condição de fragilidade. Ele citou Santo Ambrósio, explicando que a morte, resultante do pecado, nos liberta para a vida eterna.

“Tanto esforço, tanta luta, tanta história deste mundo para acabar em nada. E este é o fim de quem não crer. Tudo acaba com alguns palmos de terra. É o que parece com palmos cada vez menores de terra sobre nós. Mas não é essa a nossa verdade sobre a morte. A nossa verdade sobre a morte é que tomamos parte nela porque somos filhos de Adão. Tomamos parte nela, na lógica da fé, porque ela é para nós um remédio.” […]  “Então, estamos aqui, irmãos e irmãs queridos, para, de novo, alimentar a nossa fé na ressurreição da carne. Na ressurreição dos mortos.” (Dom José Carlos)

Dom José Carlos também falou sobre a vigilância necessária em nossas vidas, para que estejamos sempre prontos para a eternidade. “Estamos vivos hoje, agora, aqui. Mas é preciso manter a vigilância”, disse, incentivando todos a viverem com propósito e esperança, guiados pela fé em Cristo, que nos promete a vida eterna, lembrando que a ressurreição é a resposta que transforma a realidade da morte em esperança.

À tarde, na missa no Cemitério Jardim da Esperança, Dom José Carlos, mais uma vez, reforçou a importância da fé no mistério da morte e da vida eterna, convidando os fiéis a viverem com a certeza de que a ressurreição é a promessa de Cristo para todos os que nele creem.

Além das celebrações em Montes Claros, o Dia de Finados foi marcado por uma grande quantidade de missas em todas as cidades que compõem o território da Arquidiocese. A presença de tantos fiéis nos cemitérios e nas paróquias reflete a forte ligação da comunidade com seus entes queridos e a importância da fé neste momento de lembrança e esperança.

Fotos Cemitério Jardim da Esperança: Pascom Catedral de Montes Claros

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