• Homepage
  • /
  • Destaque Maior
  • /
  • Arquidiocese de Montes Claros apresenta proposta da Rede de Acolhimento e Proteção Social

Arquidiocese de Montes Claros apresenta proposta da Rede de Acolhimento e Proteção Social

A Arquidiocese de Montes Claros reuniu representantes de diversas instituições públicas do município de Montes Claros para apresentar a proposta da Rede de Acolhimento e Proteção Social da Arquidiocese de Montes Claros. O encontro realizado no dia 27 de fevereiro foi conduzido pelo arcebispo Dom José Carlos e contou com a presença de líderes do poder público, instituições de ensino, entidades sociais e representantes da Igreja, que discutiram estratégias para fortalecer a assistência à população vulnerável da cidade.

A reunião teve como objetivo principal a formação de uma rede de solidariedade, integrando diferentes setores da sociedade para a promoção humana e a recuperação da dignidade das pessoas empobrecidas. A proposta inicial foi apresentada por Dom José Carlos, seguida de uma exposição da professora Anna Cristina, que detalhou os objetivos do projeto, sua abrangência e um diagnóstico das entidades que já atuam na assistência social no município.

Dentre os participantes estavam o arcebispo de Montes Claros, dom José Carlos, o vigário geral da Arquidiocese, padre Harlley Caldeira, o prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, o vereador Eduardo Preto, e representantes de instituições como Maria José da Pastoral do Menor e Pastoral de Rua, Aline Neri Nobre, assistente social e analista do MPMG/CREDCA-NM, Maurício Sérgio Sousa e Silva, superintendente da Santa Casa, professor Dalton Caldeira Rocha da Unimontes, professor Ricardo Santos Silva, diretor de Extensão  do IFNMG, Virgínia Marinely Almeida e Pessoa da Associação Oasis e Casa de Nazaré, Marcelo Miranda Lacerda, presidente  do Rotary  Clube de Montes Claros, Helder dos Anjos, diretor do Instituto de Ciências Agrárias ICA/UFMG, Martha Cristianne Araújo Tolentino Castanheira, diretora do Senac, professor Helder Lopes Oliveira do Centro Universitário  UniFiPMoc e coordenador do Setor de Inovação  e Empregabilidade, Philipe Soares Costa, consultor de Relacionamento do Senac, Irmã Marina Francisco Gardim, ISF, secretária do Secretariado para a Assistência Social da Arquidiocese de Montes Claros, padre Jair Pereira da Silva, vigário episcopal para a Ação Social da Arquidiocese de Montes Claros, professora Anna Cristina Almeida, equipe da Rede de Acolhimento e Proteção Social, Grace – bolsista ICA/UFMG, e Michely Gonçalves Mota de Souza – Assistente Social ICA/UFMG.

O prefeito destacou a necessidade de fortalecer a Assistência Social através dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e promover a profissionalização das entidades, enfatizando que “o voluntarismo tem limite”. Ele ressaltou a importância da transparência na aplicação dos recursos e sugeriu a formação de entidades capacitadas para a captação de recursos.

O superintendente da Santa Casa, Maurício Sérgio Sousa e Silva, sugeriu a organização da Rede em eixos temáticos, como Saúde e Assistência Social, para otimizar os atendimentos. Maria José, da Pastoral do Menor e da Pastoral de Rua, reforçou a importância de oferecer, além de alimento, oficinas e capacitação para os acolhidos, garantindo um futuro mais digno.

Representantes de instituições de ensino superior, como o vice-reitor da Unimontes, professor Dalton Caldeira Rocha, e o professor Helder Lopes Oliveira, do Centro Universitário UniFiPMoc, apontaram a importância de metas claras e mensuráveis para o projeto. O professor Ricardo Santos Silva, do IFNMG, sugeriu iniciativas voltadas para a economia solidária, enquanto os representantes do Senac destacaram a oferta de cursos de qualificação para inclusão no mercado de trabalho.

A assistente social Aline Neri Nobre, representando o Ministério Público, enfatizou a necessidade de aproximar os equipamentos públicos das entidades sociais, garantindo referênciamento adequado dentro do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O vereador Eduardo Preto colocou-se à disposição para contribuir na estruturação de projetos e no debate sobre o marco regulatório do terceiro setor.

Ao final da reunião, Dom José Carlos ressaltou que a Rede de Acolhimento e Proteção Social não pretende criar novas demandas, mas sim dar visibilidade e organização ao que já é feito. “Não podemos aceitar que quem nasceu pobre, morra pobre. A Rede deverá oferecer às pessoas atendidas um degrau acima da própria vida”, afirmou. O encontro foi encerrado com uma oração do Pai-Nosso, fortalecendo o compromisso conjunto em prol da dignidade humana.

Sobre a Rede de Acolhimento e Proteção Social da Arquidiocese de Montes Claros

A Rede de Acolhimento e Proteção Social da Arquidiocese de Montes Claros é um projeto concebido para fortalecer a inserção social da Igreja e promover a cidadania, em consonância com as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese. A iniciativa está inserida no contexto do Ano Jubilar Ordinário de 2025, cujo tema é “Spes non confundit” – “A esperança não engana” (Rm 5, 5).

Objetivos da Rede:

  • Articular as entidades sociais ligadas à Arquidiocese e outros setores da sociedade para fortalecer e ampliar as ações sociais existentes.
  • Buscar parcerias com o poder público, instituições de ensino e setor empresarial para apoio às entidades participantes.
  • Estimular um trabalho conjunto entre as instituições, promovendo a evangelização e o apoio às pessoas vulneráveis.
  • Contribuir para a inclusão social, fortalecendo vínculos familiares e comunitários e garantindo acesso aos serviços de assistência.
  • Oferecer formação social, política, ambiental e eclesial para os envolvidos, com base na Doutrina Social da Igreja.

Caminho a seguir em 2025:

  • Diagnóstico das ações sociais existentes.
  • Criação e implantação da Rede.
  • Monitoramento, avaliação e adequação das ações.

Mapeamento das Instituições Sociais da Arquidiocese: Resultados Parciais

A Arquidiocese de Montes Claros realizou um levantamento inédito para conhecer melhor as instituições sociais que atuam em nossa região. Entre os meses de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, diversas organizações, pastorais, grupos e movimentos participaram voluntariamente da coleta de dados. Essa pesquisa reforça a importância das ações sociais realizadas pelas nossas comunidades e destaca os desafios a serem superados.

📍 70 instituições sociais cadastradas
🏛️ 64 localizadas em Montes Claros e 6 distribuídas em outras cidades da arquidiocese
🤝 58 ligadas à Igreja Católica

Quem essas entidades atendem?

👧 Crianças – 52 instituições
👨‍👩‍👧‍👦 Famílias em vulnerabilidade – 41 instituições
👴 Idosos – 36 instituições
💉 Dependentes químicos – 13 instituições
🔗 População carcerária – 8 instituições
💜 Mulheres – 4 instituições
💊 Pessoas com câncer – 2 instituições

Principais atendimentos oferecidos:

🍽️ Distribuição de cestas básicas – 31 entidades
🩺 Atendimento em saúde – 24 entidades
📚 Capacitações e palestras – 19 entidades
🍛 Refeições – 17 entidades
🙏 Evangelização – 15 entidades

Desafios enfrentados

🚚 Dificuldade com logística e transporte
🏗️ Infraestrutura inadequada
📑 Necessidade de assessoramento para gestão e busca de recursos
💰 Recursos financeiros irregulares

Rede de Acolhimento e Proteção Social define próximos passos para fortalecimento das entidades

A Rede de Acolhimento e Proteção Social avança para uma nova etapa com o objetivo de consolidar e ampliar o apoio às entidades sociais que atuam na região. Após o levantamento de dados e identificação das principais demandas, as próximas ações visam estruturar o funcionamento da rede e buscar soluções para fortalecer o trabalho das instituições envolvidas.

Estratégias para o futuro

Entre os desafios apontados, destacam-se a necessidade de novas parcerias, a formalização e expansão das colaborações existentes, além do fortalecimento do apoio do poder público. Outra prioridade é a capacitação das entidades na gestão administrativa, financeira e na captação de recursos, garantindo maior eficiência e sustentabilidade nas ações sociais.

Para atender essas necessidades, algumas ações foram definidas:

  • Visitas às entidades sociais: Será realizada uma etapa de visitas para confirmar informações e aprofundar o conhecimento sobre a realidade de cada instituição. Para isso, serão mobilizados profissionais e estudantes de Serviço Social, com apoio logístico para transporte.

  • Análise dos dados coletados: Uma equipe será responsável por estudar as informações obtidas no levantamento, permitindo um planejamento mais preciso das ações.

  • Criação de uma plataforma digital: Para aprimorar a gestão das entidades, será desenvolvido um sistema que permitirá o controle de atendimentos, doações e parcerias. Esse trabalho exigirá a colaboração de profissionais da área de tecnologia.

  • Estruturação de assessoria técnica: As entidades participantes terão suporte em gestão, contabilidade, administração e elaboração de projetos. O objetivo é proporcionar maior organização e eficiência na condução das atividades sociais.

  • Assembleia para definir próximos passos: Nos dias 25 a 27 de abril, será realizado um encontro com o assessoramento da Arquidiocese de Montes Claros, reunindo representantes das entidades para capacitação, troca de experiências e planejamento coletivo. O evento contará com equipe organizadora, estrutura de apoio e recursos financeiros.

Mobilização e parcerias

Para viabilizar essas ações, a Rede de Acolhimento e Proteção Social da Arquidiocese buscará ampliar parcerias com empresas, instituições acadêmicas e voluntários. Além disso, pretende estabelecer maior diálogo com o poder público para garantir suporte e políticas voltadas ao fortalecimento das entidades sociais.

O compromisso da Rede é promover uma atuação mais estruturada e eficaz, visando o bem-estar das comunidades atendidas. Com união e engajamento, será possível ampliar o impacto das ações sociais e fortalecer a missão da Igreja na promoção da dignidade humana.

Fotos: assessoria do vereador Eduardo Preto e Rede de Acolhimento e Proteção Social

Compartilhar

Categorias