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Audiência Pública destaca integração entre Igreja, sociedade civil e poder público na luta contra a pobreza

Como parte da programação da Semana Arquidiocesana de Ação Social – realizada de 9 a 16 de novembro em sintonia com a 9ª Jornada Mundial dos Pobres (JMP) –, a Arquidiocese de Montes Claros participou, na noite de sexta-feira (14/11), de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Montes Claros para debater caminhos de cooperação em prol das populações mais vulneráveis. O encontro integrou as ações refletidas pelo tema bíblico “Tu és a minha esperança” (Sl 71,5), que inspira fiéis e sociedade a trabalharem por justiça, esperança e transformação social.

A audiência foi proposta pelo vereador Eduardo Preto (Pode) e reuniu representantes de pastorais, serviços eclesiais, associações comunitárias, universidades, movimentos sociais, projetos solidários e órgãos públicos. Compuseram a mesa da audiência o próprio vereador Eduardo Preto, a vereadora Iara Pimentel, o padre Jair Pereira da Silva, Vigário Episcopal para a Ação Social da Arquidiocese, o pró-reitor adjunto de Extensão da Unimontes, Marcelo Brito, a representante das Cozinhas Solidárias, Maíra Carvalho, a representante da Associação de Catadores Recicle Vitória, Edna da Silva, Márcia Beatriz Inácio, representando o Feminorte, Jaqueline Ferreira, representante da população em situação de rua, e Luiz Eduardo Souza, membro do Vicariato Episcopal para a Ação Social da Arquidiocese.

O objetivo da audiência foi discutir como as ações sociais da Arquidiocese podem se articular de maneira mais estruturada com instituições externas, ampliando o alcance e a efetividade das iniciativas já existentes.

Uma articulação que fortalece a esperança

A Semana Arquidiocesana de Ação Social, iluminada pela exortação apostólica Dilexi te e pela mensagem do Papa Leão XIV, reforça que o combate à pobreza é um compromisso evangélico. Recorda-se que, como afirma o Santo Padre, “a pobreza não é uma fatalidade, mas o resultado de estruturas injustas que precisam ser transformadas”. Nesse sentido, a audiência se tornou um espaço fundamental para refletir sobre essas estruturas e sobre como superá-las por meio da união de esforços.

Durante o encontro, os participantes reforçaram a importância de consolidar novos sinais de esperança, lema que orienta a ação social da Arquidiocese em 2025. O diálogo entre Igreja, sociedade civil e poder público foi apontado como chave para construir políticas e estratégias que resultem em maior impacto social.

O vereador Eduardo Preto, proponente da iniciativa, destacou a relevância da cooperação entre diferentes setores:

“Buscamos alternativas para manter e fortalecer as organizações sociais, que desempenham um papel fundamental no atendimento às famílias mais vulneráveis. A integração entre os setores é o caminho para ampliar resultados e beneficiar mais pessoas”, afirmou.

Representando a Arquidiocese, o padre Jair Pereira da Silva, vigário episcopal para a Ação Social, lembrou que os desafios da desigualdade não podem ser enfrentados isoladamente.

“Vivemos em um país grande e injusto, onde existe uma leva de pessoas miseráveis. A Igreja, com apoio da sociedade, tem apresentado sinais para amenizar essa situação”, pontuou.

A audiência deu espaço também para entidades que atuam diretamente com populações vulneráveis. Edna da Silva, da Associação de Catadores Recicle Vitória, ressaltou a difícil realidade dos trabalhadores da reciclagem: Cinco galpões reúnem cerca de 150 catadores, responsáveis por mais de 10 mil toneladas de reciclagem por mês, mas que enfrentam queda significativa no valor pago pelos materiais. “Com os preços atuais, muitos não estão conseguindo manter suas famílias”, afirmou.

Da mesma forma, Jaqueline Ferreira chamou a atenção para a situação da população em situação de rua e destacou a necessidade de fortalecimento dos serviços de assistência, como o Centro Pop, além de apoio contínuo às instituições que atuam na linha de frente.

Já Maíra Carvalho, das Cozinhas Solidárias, apresentou o impacto do projeto que oferece refeições gratuitas a famílias carentes. Criado durante a pandemia, o programa segue ativo graças à dedicação de voluntários e às doações recebidas. Hoje, distribui cerca de 1.800 refeições diariamente.

Caminhos que seguem abertos

A audiência pública evidenciou que a esperança nasce quando diferentes mãos se unem em favor dos que mais sofrem. A Arquidiocese de Montes Claros segue comprometida com o fortalecimento de redes de solidariedade e com a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e sensível às dores humanas.

A Semana Arquidiocesana de Ação Social continua mobilizando fiéis, instituições e lideranças para que a fé se torne ação transformadora — e para que, juntos, possamos criar novos sinais de esperança.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Montes Claros)

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