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Exposição celebra 75 anos da Catedral Metropolitana e recebe visitantes até sexta-feira, 19

Fotos: Laura Tupinambá

O Arquivo Arquidiocesano Dom João Antônio Pimenta e a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida de Montes Claros inauguraram, no último domingo (14 de setembro), a Exposição da História da Catedral, em homenagem aos 75 anos de fé, serviço e presença na cidade. A mostra fica aberta ao público até sexta-feira, 19 de setembro, e pode ser visitada das 8h às 21h, no interior da própria Catedral.

Em 2025, a Catedral celebra 75 anos de fundação, ocorrida em 1950 e desmembrada da Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São José (Igreja Matriz de Montes Claros). Na época, o bispo Dom Antônio de Almeida Moraes Júnior, terceiro bispo da Diocese de Montes Claros e cujo pastoreio ocorreu de 1948 a 1951, nomeou o primeiro pároco, padre Silvestre Isidoro Clasen.

A Catedral além de ser a igreja-mãe da Arquidiocese, é também o centro da vida litúrgica e pastoral de Montes Claros. É o local onde o arcebispo, a partir de sua cátedra, conduz o povo de Deus, sendo símbolo de unidade e fé para toda a comunidade.

Abertura solene

A cerimônia de abertura teve início com a Santa Missa, presidida por Dom José Carlos, arcebispo metropolitano de Montes Claros, concelebrada pelo padre Fernando Andrade, pároco da Catedral, e o auxílio do diácono Matheus Rodrigues Lopes.

Para o arcebispo, mais do que uma visita ao passado, a exposição é também um convite à fé. Dom José ressaltou o caráter formativo e renovador da exposição, convidando a comunidade a ver o percurso histórico como “escola da fé” e a transformar o conhecimento em compromisso pessoal e comunitário:

“A exposição que vamos contemplar a partir de hoje, ao longo desta semana, seja uma visita grata ao nosso passado. Percebamos que, de lá para cá, nesse pequeno fragmento de setenta e cinco anos, muita gente cresceu e se formou na escola da fé, na escola do cristianismo, na escola da religião católica. E é disso que precisamos: homens e mulheres tementes a Deus, que se curvam diante do Senhor Jesus para aprender dele a ser gente neste mundo.
A Igreja e o cristianismo precisam ser a escola que forja os homens e mulheres que vão dando, a este tempo, a cara nova e boa que ele precisa ter, destinando-o a Deus. É para isso que estamos no mundo. Continuemos fazendo história com Deus, e que essa história modifique a nossa vida, modifique a Igreja e modifique o mundo.” (trecho da homilia)

Rito oficial de abertura da exposição

Ao final da celebração, foi realizada abertura da exposição. O padre Fernando Andrade acolheu e dirigiu palavras de gratidão aos organizadores do projeto, reconhecendo a dedicação e o amor colocados no trabalho de preparação. Em sua fala, destacou a importância do testemunho dos que se doaram para tornar possível a mostra, lembrando que o esforço de tantas pessoas também faz parte da história dos 75 anos da Catedral.

O pároco apresentou e agradeceu nominalmente aos membros da equipe do Arquivo Arquidiocesano e aos paroquianos que colaboraram na montagem da exposição. Ele recordou que muitas horas foram doadas em favor desta memória e ofereceu, em nome da Paróquia, orações e uma pequena lembrança como reconhecimento — gesto que foi seguido por um momento de oração à Nossa Senhora Aparecida (Ave-Maria) e por calorosos aplausos da assembleia.

Após o agradecimento conduzido pelo padre Fernando Andrade, foi a vez do padre José Honório de Andrade, coordenador do Arquivo Arquidiocesano, conduzir a comunidade por um verdadeiro passeio pela história da Catedral. Enquanto imagens e documentos eram projetados no telão, ele apresentou o contexto histórico e os marcos mais importantes da trajetória da Igreja.

Padre Honório iniciou lembrando o convite feito pelo padre Fernando: “Há um ano, recebemos o convite do padre Fernando para organizarmos a história da Catedral, por ocasião dos 75 anos de criação da paróquia. A história da Catedral se confunde com a história da Diocese: é impossível separá-las.”

Ele destacou o sonho do primeiro bispo, Dom João Antônio Pimenta, ao planejar uma Catedral digna de Montes Claros, e explicou os desafios e curiosidades que envolveram a construção, incluindo a escolha da planta enviada da Bélgica e a lenda urbana de que a planta não seria destinada a Montes Claros.

“Mesmo que demore anos, eu não tenho pressa, porque Montes Claros merece uma Catedral que a represente ao longo da história.” — Dom João Antônio Pimenta, citado pelo padre Honório

Enquanto falava, o público via no telão fotografias antigas da construção, documentos oficiais, e registros sacramentais que iam desde a primeira ordenação presbiteral até os batismos e casamentos realizados durante a obra. Padre Honório também destacou a contribuição das paróquias da Diocese, citando o “Livro de Ouro” da Paróquia de Salinas, e lembrou das permutas de terrenos com a Central do Brasil para aquisição de materiais de construção.

O diretor da exposição conduziu a narrativa até os dias atuais, mostrando a ação social, pastoral e missionária da Catedral, e compartilhou descobertas emocionantes, como o registro da chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Montes Claros, celebrada com grande festa pela comunidade.

Padre Honório concluiu a apresentação com um convite à comunidade:

“Sejam todos bem-vindos! Convido vocês a visitarem a exposição não apenas hoje. Que a visita não seja rápida: parem, leiam os documentos, saboreiem a história. Ao longo desta semana, voltem para compreender mais profundamente a evolução teológica, litúrgica, histórica e social da Igreja particular de Montes Claros.”

Dessa forma, a apresentação tornou-se uma experiência educativa e espiritual, conectando passado, presente e futuro da Catedral, enquanto a comunidade podia acompanhar cada detalhe visualmente e refletir sobre a importância da memória viva da Igreja.

Abertura das “portas” da exposição

Após a apresentação da exposição feita pelo padre José Honório de Andrade e a bênção final da celebração, os protagonistas da cerimônia seguiram para o espaço reservado à exposição. Dom José Carlos, acompanhado pelo padre Fernando Andrade e pelo padre Honório, abriu oficialmente as divisórias do local, acolhendo todos os presentes e convidando a comunidade a adentrar e conhecer a história da Catedral.

Nesse momento simbólico, os visitantes puderam entrar pela primeira vez na exposição, contemplando documentos, fotografias e objetos que revelam a trajetória de fé e serviço da Catedral ao longo de 75 anos. A atitude de Dom José ao abrir as divisórias reforçou o caráter comunitário e acolhedor da mostra, celebrando não apenas o passado, mas também o presente e a continuidade da missão da Igreja.

Fotos: Laura Tupinambá

Visitação e agendamento

A Exposição da História da Catedral pode ser visitada até a próxima sexta-feira, 19, das 8h às 21h, no interior da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.

Para quem desejar participar das visitas guiadas, os grupos são limitados a 30 pessoas e os horários disponíveis são: 8h às 9h / 10h às 11h / 14h às 15h / 16h às 17h / 20h às 21h. Instituições e grupos organizados podem agendar suas visitas com antecedência pelo WhatsApp do Escritório Paroquial da Catedral: (38) 99847-1304.

A visita guiada oferece explicações detalhadas sobre a história, os documentos e os objetos expostos, proporcionando uma experiência mais completa e educativa para todos os visitantes.

Visita dos alunos da Fundação Vovó Clarice

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