Em formato documental, a Arquidiocese de Montes Claros resgata a história de seis catadoras para o Dia Internacional da Mulher e Semana da Mulher
Vera, Ângela, Josiane, Helena, Lia e Terezinha. Seis mulheres, seis histórias de vida, seis catadoras de recicláveis para inspirar todas as mulheres neste Dia Internacional da Mulher. Durante visita à Associação dos Catadores de Recicláveis do Guarujá foi possível ouvir as histórias dessas seis mulheres que encontraram na profissão de catadoras a dignidade, a realização, a alegria e o sustento para as famílias.
A Arquidiocese de Montes Claros, através do Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano – PRODERUR, participa do Fórum Municipal “Lixo e Cidadania” de Montes Claros, organizado pelo Ministério Público (MP) em parceria com entidades públicas, iniciativa privada e sociedade civil. Através do Fórum, os membros das associações e grupos de catadores e catadoras recebem formações e capacitações dos projetos do PRODERUR.
Na primeira semana de março, Sônia Gomes, atuante do PRODERUR, comentou com a assessoria de comunicação da Arquidiocese sobre sua visita ao galpão dos catadores do bairro Guarujá. Relatou os depoimentos que escutou das mulheres que ali estão e que nessa profissão encontram dignidade e realização. “Cada depoimento lindo! Merecia fazer um pequeno vídeo das mulheres catadoras”.
Nos juntamos (assessoria de comunicação, Sônia e Felipe Gomes) dispostos a fazer algo para contribuir com a Semana da Mulher, para que todos pudessem escutar e conhecer a história de algumas mulheres que encontraram na profissão de catadora o sustento para sua famílias, teto, sonhos realizados, dignidade, felicidade.
Para Sônia, gravar esse pequeno documentário para resgatar a história dessas mulheres tem vários pontos importantes, mas destacou dois: “Elas são mulheres que são invisibilizadas na sociedade e dar a oportunidade delas falarem delas é um forma de resgatar a auto estima, para elas olharem para elas e se sentirem mulher, isto é, empoderá-las” e “Depois para que a sociedade possa conhecer que entre tantas mulheres que a sociedade tenta mostrar temos estas mulheres que são mães, lutadoras, tem história de vida e fazem a história na vida diária”.
O Dia Internacional da Mulher
Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativas, ela não foi criada pelo comércio. A data tem raízes históricas mais profundas e sérias.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20. Em sua origem, a data retrata a luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Elas começaram uma campanha dentro do movimento socialista para exigir seus direitos — as condições de trabalho delas eram ainda piores que as dos homens à época.
A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial. No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores.
Se fosse possível fazer uma linha do tempo dos primeiros “dias das mulheres” que surgiram no mundo, ela começaria possivelmente com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York.
Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho — na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos. Ali teria sido celebrado pela primeira vez o “Dia Nacional da Mulher” americano.
Enquanto isso, também crescia na Europa o movimento nas fábricas. Em agosto de 1910, a alemã Clara Zetkin propôs em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações.
Em 1917, houve um marco ainda mais forte daquele que viria a ser o 8 de Março. Naquele dia, um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial, movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa. O protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo — 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje. Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da “mulher heroica e trabalhadora”. O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.
Fonte: G1
_______________________________________________
***Fabíola Lauton – Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros
(38) 9 8423-8384 ou pelo e-mail: comunicacao@arquimoc.com