Seminário em Brasília reúne ecônomos e profissionais que atuam na gestão eclesial em dioceses brasileiras

Teve início nesta terça-feira, 14 de maio, o Seminário para Ecônomos de (arqui) dioceses, promovido pelo economato e o Conselho de Gestão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro que se prolonga até o próximo dia 16 está aprofundando o tema: “A gestão no Magistério da Igreja: o ofício do ecônomo na construção de uma Igreja credível e sustentável“.

A formação acontece na Casa dom Luciano em Brasília (DF) com a participação de 230 ecônomos e profissionais das arquidioceses e dioceses do Brasil, que auxiliam os bispos na gestão eclesial de Igrejas particulares a partir das orientações do Código do Direito Canônico e legislações Tributária e Contábil. Ao todo serão 13 conferências ao longo dos 3 dias. O assessor de comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, está coordenando a apresentação das conferências.

Mesa de abertura

Da abertura, nesta terça-feira, 14 de maio, participaram o especialista em gestão eclesial e bispo da diocese de Leopoldina, dom Edson José Oriolo dos Santos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, o ecônomo da CNBB, monsenhor Nereudo Freire Henrique, e o consultor de gestão da CNBB, José Luna.

A primeira conferência do encontro, foi conduzida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, e aprofundou o tema: “Transparência no economato à luz das iniciativas do Papa Francisco”.

Na abertura, o monsenhor Nereudo Freire Henrique saudou os participantes da mesa e acolheu os ecônomos e as pessoas que trabalham na gestão das dioceses. Segundo ele, o encontro vai ratificar as questões apresentadas pelo núncio de que a gestão bem feita também é uma importante forma de evangelização.

O monsenhor destacou que o Papa Francisco tem conduzido e sinalizado à Igreja as práticas da boa gestão com transparência e qualidade e que a CNBB tem trilhado um aprendizado neste sentido, alinhando o conhecimento profissional, valores e o emprego de novas tecnologias. “Os ecônomos devem ampliar a visão de que fazer uma boa gestão também é fazer pastoral e que é necessário cuidar com zelo da missão a nós confiada”, disse.

Zelo, sentido e transparência na gestão

Dom Edson Oriolo reforçou que o seminário buscará aprofundar os três eixos conduzidos na fala do núncio: do cuidado e zelo com os bens temporais e os bens da Igreja, tanto no aspecto da preservação quanto no sentido de fazer que possa atingir outras pessoas, da transparência num contexto dos reclames pessoais e do zelo com os mais vulneráveis e com os pobres. Segundo o bispo, o encontro, realizado pela primeira vez no Brasil, está sendo um Pentecostes na Igreja no país.

O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, disse que quando chegou em Brasília há um ano encontrou uma CNBB bem organizada do ponto de vista da gestão. “Temos que reconhecer e fazer referência àqueles que nos precederam. A CNBB mantém o fio da história e hoje pode neste seminário compartilhar suas boas experiências na gestão”, disse.

Dom Ricardo, homenageado pelo seu aniversário de 8 anos como bispo, recuperou a figura da paternidade destacada no magistério do Papa Francisco para reforçar a importância dos pais na condução dos filhos que às vezes se desvirtuam do caminho. O secretário-geral da CNBB reforçou, no campo da gestão, a vigilância como irmãos, para aumentar a capacidade de resolver os problemas. O bispo também ressaltou a importância da transparência apontada no Evangelho em contraposição à opacidade. “Dos gestores, espera-se transparência, santidade e testemunho”, disse.

Gestão de Crise: desafios e oportunidades

Ainda na manhã desta terça-feira, o jornalista da Globo, Gerson Camarotti, ministrou a 2ª conferência com o tema: “Gestão de Crise: navegando nos desafios e descobrindo oportunidades”. A partir da sua vivência na cobertura da Igreja, o jornalista apresentou exemplos da relação de comunicação entre a Igreja e a Imprensa. Para ele, todas as instituições humanas, por que compostas de homens, são falhas. O importante, em sua avaliação, é quando acontecer algum problema reconhecer que existe e ser o mais transparente possível sobre a forma e a decisões que estão sendo tomadas para resolvê-lo.

Fonte: CNBB