Com um profundo silêncio, teve início a Ação Litúrgica da Paixão de Cristo, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, em Montes Claros, na tarde desta Sexta-feira da Paixão, 29 de março. A cerimônia o foi presidida pelo Arcebispo D. José Carlos de Souza Campos e concelebrada pelos vigários paroquiais, Pe. Lauro D’Angelos e Pe. Anderson Aguiar.
Único dia em que não há celebração da missa no mundo, o centro litúrgico da Sexta-feira Santa é a veneração à Santa Cruz, às 15h, horário da paixão e morte de Nosso Senhor.
Após as leituras próprias da celebração e a proclamação do Evangelho da Paixão de Cristo segundo João, o arcebispo de Montes Claros fez a homilia. “Jesus viveu a nossa vida e morreu a nossa morte, e na sua morte matou a morte homicida”. Assim, D. José Carlos iniciou a sua reflexão.
“A Paixão de Jesus no Evangelho de João é glorificação, é o lugar onde Jesus expressa o seu amor”, afirmou D. José Carlos. A Paixão do Senhor, para o arcebispo, é uma escola onde somos chamados a entender, a nos perguntar e a encontrar respostas para o sofrimento do justo.
“O sofrimento é elemento integrante da vida humana. O problema não é o fato de sofrermos, é o que este sofrimento causa em nós”. O primeiro motivo para o sofrimento do justo, de acordo com o arcebispo, é o pecado. “O justo sofre porque peca, isso faz parte de nós. Mesmo estando na escola de Jesus nós também erramos e porque erramos sofremos as consequências da nossa escolha errada”.
D. José Carlos concluiu a sua homilia destacando que o justo sofre porque ama. “Jesus é o justo que escolhe amar e escolhendo amar, ama até o fim, ama até a morte e morte de cruz”. Segundo o arcebispo, é preciso olhar para Jesus para entender o sentido do sofrimento.
Após a homilia, foi realizada a Oração Universal, onde foram elevadas preces por toda Igreja, incluindo pedidos de paz, unidades e conversão para o mundo inteiro.
Em clima de profunda devoção, a Ação Litúrgica prosseguiu com a adoração da Cruz e a comunhão dos fiéis. A celebração foi encerrada com o “Oremos”, sem a bênção final nem envio, simplesmente o silêncio.